Basta de “mimimi”, de papo furado, de notícias falsas. Tantas são as notícias inverídicas que circulam por aí que nada melhor que ir direto na fonte. Foi assim que a reportagem de Notícia no Ato foi em busca da verdade, sobre o caso da Aline. O delegado de Polícia, da Delegacia da Mulher, Renan Pellenz ,detalhou as investigações: “Instauramos um Inquérito Policial para apurar as causas do desaparecimento da Aline Santos Rosa , na semana passada, justamente pelo desencontro de informações que cercavam o seu desaparecimento. Ela desapareceu na madrugada do dia 17 de abril, e a pessoa mais próxima seria o próprio marido dela, o Alceu de Andrade Machado Rosa , o qual disse que ela chegou em casa por volta das 02:30 da madrugada, já que trabalhava no período noturno. Abriu a porta para que ela entrasse, já que, cada qual estava dormindo num aposento. Ele no quarto, ela na sala, num sofá, pois estavam brigados. Ele, segundo relatou voltou a dormir, já que iria levantar, às 05;30hs para ir ao trabalho. Ao sair, pela manhã, olhou para o sofá e só viu os cobertores, não certificando se Aline estava ou não dormindo. Dirigiu-se ao trabalho, e que no decorrer do dia, recebeu muitas ligações de parentes dela que desejavam saber onde se encontrava Aline”, informou o Delegado de Polícia.
O desaparecimento
Na continuidade, disse que: “os familiares começaram a fazer suas buscas próprias sem interferência da Polícia. Ao anoitecer, como Aline não compareceu ao local de trabalho, os familiares decidiram comparecer à Delegacia de Polícia, por volta das 23:00hs ainda do dia 17/04, quando registraram o Boletim de Ocorrência do desaparecimento da Aline. A partir daquele momento, os familiares começaram a perceber um comportamento estranho no Alceu, até mesmo pela sua falta de interesse ao fato. Diante disso a Polícia também notou alguns detalhes, como por exemplo a questão do Alceu ter ido ao trabalho de carro naquela manhã do desaparecimento, sendo que, tinha o costume de ir à pé. Também fez um roteiro diferente daquele que fazia, saindo de sua casa, indo até ao trabalho. O que nos chamou a atenção era o trabalho que Alceu realizava no local, ou seja, Operador de Caldeira. Resolvemos apurar o local de trabalho dele, e acompanhamos a limpeza da Caldeira, onde, dentro dela foram encontrados diversos fragmentos com características de que fossem ossos em grande quantidade. Não tivemos a certeza de que eram ossos humanos e até nem tínhamos como identificar se realmente eram ossos. Esse material será encaminhado ao Instituto Geral de Perícias para que seja feito um análise laboratorial com a conclusão do material apreendido. E até mesmo para se realizar um exame de DNA posteriormente. Face a essas circunstâncias, o Alceu começou a ser tratado como suspeito pelo desaparecimento da Aline”, observou o Delegado Renan.
A morte do Alceu
No dia seguinte, após o encontro dos fragmentos na Caldeira, as investigações tomaram outros rumos. Assim explicou o delegado: “na terça-feira de manhã, dia 23/04, pedimos a Prisão Preventiva do Alceu, com base nos achados dentro da caldeira. Assim como, as buscas em sua casa. Quando foi na quarta-feira, num acidente de trânsito, Alceu veio a óbito. As investigações continuarão, com o objetivo de apurar todo o fato. Vamos ouvir algumas testemunhas, como também o cruzamento de outras provas e aguardar os resultados das análises que deverão ser feitos pelo Instituto Geral de Perícias”, concluiu o delgado Renan, o qual também disse que “todas as possíveis informações serão apuradas. Quanto ao acidente de Trânsito as investigações serão feitas pela Delegacia de Polícia de Capão Alto’, frisou o titular da Delegacia da Mulher em Lages.