O pedido de liberdade do prefeito de Lages, Antônio Ceron (PSD), foi negado pela 5ª Câmara Criminal do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), nesta quinta-feira (29). Ele foi preso no dia 2 de fevereiro, durante a segunda fase da Operação Mensageiro.Ceron é suspeito de integrar um esquema de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro em um esquema de favorecimento em licitações de serviços públicos, especificamente na coleta de lixo no município.Em prisão domiciliar desde o dia 15 do mesmo mês, o político passou a utilizar a tornozeleira eletrônica.
Em nota, a defesa do prefeito afirma que desde a prisão domicialiar, no dia 15 de fevereiro, “vem cumprindo fielmente e, em toda a sua extensão, as medidas cautelares do Art. 319 que lhe foram aplicadas”.
Além disso, diz que está convencida de que a prisão domiciliar se mostra desnecessária, já que o prefeito não representa risco para o processo, especialmente em razão da idade do prefeito, que tem 78 anos.
Ja em relação ao laudo da tornozeleira eletrônica, que ficou mais de 11 horas desligada no domingo de Páscoa, a defesa de Ceron argumenta que o Ministério Público “apresentou manifestação nos autos entendendo que, na circunstância apurada, não houve descumprimento da medida”.
No entanto, a desembargadora afirmou que “ele ter ficado com a tornozeleira desligada por horas já seria motivo para o cárcere”, mas decidiu manter a prisão domiciliar pelo estado de saúde do prefeito.
Revogação de prisão
Também apelou pela revogação da prisão o ex-secretário de Serviços Públicos e Meio Ambiente de Lages, Eroni Delfes Rodrigues. O pedido foi negado. As informações são do repórter da NDTV, Felipe Kreusch.