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30 anos do SUS: Apesar dos gargalos no atendimento e do subfinanciamento, Carmen registra avanços

“São inegáveis e incontestáveis os avanços do SUS nestes 30 anos”, disse a deputada federal Carmen Zanotto (PPS-SC) ao fazer, em seminário realizado pela Câmara, nesta quarta-feira (06), avaliação do atendimento do sistema público de saúde desde a criação do SUS pela Constituição de 1988.

Antes da implantação do SUS, lembrou a parlamentar, apenas os segurados da Previdência Social e do Funrural tinham direito a tratamento na rede hospitalar pública. “Os demais da nossa população eram tratados como indigentes. Quem aqui não se recorda com eram as unidades de saúde? As acomodações eram absurdas, os pagamentos das internações hospitalares eram feitos com mais de 160 dias de atraso. E os hospitais tinham que bancar as despesas”, relembrou.

De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 160 milhões de brasileiros são atendidos pelo SUS. Os estrangeiros residentes e aqueles que estão em viagem pelo País também são atendidos pelo Sistema.

Apesar dos avanços, a parlamentar disse que é preciso reconhecer que ainda há muitos “gargalos” no atendimento, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste; problemas de gestão e os provocados subfinanciamento do sistema. “Ainda não é o que nós defensores do SUS desejamos, mas vamos continuar trabalhando incessantemente para aprimorá-lo. Há muitos entraves provocados pela falta de reajuste das tabelas de serviços, mas estamos avançando na atenção básica e na média e alta complexidade”, argumentou.

Carmen Zanotto defendeu ainda a união de todos para lutar por mais recursos para a saúde pública. “Não é correto dizer que o SUS não vai sobreviver. É preciso coragem e decisão desta Casa para enfrentar esse subfinanciamento de forma adequada. Vamos resgatar a PEC 01, já foi aprovada em primeiro turno, que espelhada na proposta de iniciativa popular Saúde Mais Dez”, conclamou a deputada, que é relatora da proposta de emenda constitucional.

Filantrópicos

Carmen Zanotto finalizou o discurso solicitando ao ministro da Saúde, Gilberto Occhi, atenção na liberação de recursos para as Santas Casas, que atendem mais de 60 por cento dos pacientes do Sistema Único de Saúde.

Foto: Robson Gonçalves

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