Quinze cães de busca e resgate do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), que atuam em todo o Estado, passaram por uma série de exames de rotina, neste mês, no Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Lages.
Eles foram atendidos pela equipe do Hospital de Clínica Veterinária (HCV), que realizou exames físicos, de sangue, raio-X, eletrocardiograma e ultrassonografia. O procedimento é feito com todos os cães da corporação, anualmente, com o objetivo de verificar as condições de saúde dos animais e atestar que estejam aptos para continuar trabalhando.
A presença dos cães de busca e resgate também motivou uma palestra para os estudantes da disciplina de Cinofilia e Felinotecnia, do curso de Medicina Veterinária, coordenada pela professora Leticia Yonezawa. A palestra foi ministrada pelo Corpo de Bombeiros e abordou a rotina e o trabalho e dos cães. Também houve demonstração prática de treinamento.
O trabalho de busca e resgate
Os cães usados pelo Corpo de Bombeiros de Santa Catarina são da raça Labrador e começam a ser treinados desde muito cedo, por volta dos 45 dias de vida. Junto com o bombeiro condutor, eles formam uma equipe, que a corporação chama de binômio, e atuam sempre juntos. O CBMSC não possui canil e, desde o início, o cão mora com o condutor.
O treinamento de um cão de busca e resgate leva cerca de um ano e meio. Depois disso, é preciso obter uma certificação para que ele possa atuar. Em geral, os cães atuam até os oito anos de vida, quando estão com a saúde em dia. Depois, são direcionados para outras atividades de interação assistida por animais.