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Apicultura: cuidar das abelhas é promover a agricultura

As abelhas prestam um serviço ambiental essencial através da polinização, viabilizando a produção de diversas culturas agrícolas e a preservação da vegetação nativa. A fruticultura, atividade de grande impacto econômico em várias regiões de Santa Catarina, é uma das maiores beneficiadas. 

O dia 22 de maio é dedicado a homenagear os apicultores. Mais de 16 mil pessoas se dedicam a esta atividade no estado, produzindo mel reconhecido por sua qualidade em eventos internacionais cinco vezes. A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, através de seus órgãos vinculados, apoia estes produtores. Além da inspeção sanitária, cabe à Cidasc o cuidado com a sanidade das abelhas. Os produtores cadastram suas colmeias na Cidasc e a partir de então é feito um acompanhamento do saldo de abelhas e rainhas, visando identificar uma eventual mortandade de abelhas e a causa do problema. A criação de abelhas nativas (sem ferrão) também deve ser registrada. A criação de abelhas exige bastante dedicação do produtor. “Quem trabalha com apicultura sabe o que a gente passa, o dia a dia acordando cedo, olhando as abelhas, trocando as caixas… a gente está sempre preocupado com o bem estar delas” diz Deivide Michels, presidente da Associação de Apicultores de Balneário Gaivota. Como muitos produtores, Michels teve o primeiro contato com a apicultura através da família. 

O Apiário São Braz, de Lages, é outro exemplo de empreendimento com tradição familiar. Há alguns meses conquistou o Selo Arte, concedido em Santa Catarina pela Cidasc, e segundo o produtor José Alceu Perão já é possível perceber algumas vantagens “Recebemos visitas e as pessoas estão conhecendo a gente, vamos mostrando nosso produto e buscando novos mercados”, conta o apicultor. Os produtores catarinenses têm aprimorado sua produção e as técnicas de manejo. “Antigamente o processo era extremamente rudimentar e artesanal, hoje a gente já tem modelos estabelecidos, como por exemplo, a caixa Langstroth, que facilita a extração de mel. A extração hoje é feita com centrífuga em ambiente limpo, esterilizado”, conta o produtor Edier Rodrigo de Andrade, do apiário e meliponário Iraê-açu, de Blumenau. 

O consumo de mel no Brasil ainda é considerado pequeno, com uma média de 200 gramas por pessoa ao ano. “O mel é um produto em expansão, uma atividade que tem muito potencial para crescer”, afirma José Alceu Perão. Para ele, a Cidasc deu  um impulso importante para o apiário ao estimulá-los a solicitar o Selo Arte.O Selo Arte é uma das possibilidades que os profissionais da Cidasc têm apresentado aos produtores, uma vez que permite a comercialização em todo Brasil. Com selo de inspeção adequado, os apicultores catarinenses têm plenas condições de conquistar o mercado brasileiro. 

Fonte:Denise De Rocchi/Assessoria de Comunicação – Cidasc

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