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Pesquisador do Câmpus Lages está entre os mais influentes da América Latina

Onze pesquisadores do IFSC se classificaram entre os principais cientistas latino-americanos pelo AD Scientific Index 2021. O ranking é baseado no índice de produtividade dos pesquisadores, conforme sistema de pontuação e número de citações no Google Acadêmico. Na lista está o professor Michael Ramos Nunes, da área de Ambiente e Saúde do Câmpus Lages.


Michael tem mestrado em Química pela Universidade Federal de Pelotas e doutorado em Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul atuando na área de Físico-Química de Materiais. No IFSC, leciona nos cursos técnicos em Análises Químicas e Biotecnologia, e no curso superior de Engenharia Química. Na lista, Michael ficou em quarto lugar no geral da instituição, em primeiro no recorte dos últimos cinco anos, e primeiro nas áreas de Ciências Naturais e Ciências Químicas do IFSC.


“Estar na lista é o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido por mim e pelo meu grupo de pesquisa. Os trabalhos de laboratório do nosso grupo vêm sendo publicados em revistas internacionais de alto índice de impacto, mostrando que as pesquisas realizadas no Câmpus Lages são de alta relevância. Outro aspecto a ser mencionado é que nossas publicações vêm sendo citadas em trabalhos de pesquisadores do mundo todo, ou seja, os trabalhos realizados no Campus são referência internacional”, comemora o professor.

Para Michael, o fato dos pesquisadores receberem convites para palestrar em eventos internacionais pelo mundo é outro aspecto que garante a relevância da instituição. Além disso, o professor reforça que muitos desses trabalhos que são mencionados na lista têm a participação dos alunos, seja por projetos de pesquisa e extensão ou trabalhos de conclusão de curso. “Isto faz com que os alunos possam colocar em prática no laboratório todo conhecimento aprendido na sala de aula. O aprendizado prático de laboratório dá toda sustentação para que alunos de nossos cursos como Técnico em Análises Químicas, Técnico em Biotecnologia, Processos Químicos e Engenharia Química possam atuar com segurança no mundo do trabalho ou dar continuidade aos seus estudos em nível de pós-graduação”, comenta.

Os trabalhos também estão servindo de suporte para vida acadêmica dos egressos do Câmpus Lages. Alguns alunos do grupo de pesquisa foram aprovados em processos seletivos para mestrado e doutorado em instituições renomadas do país como William Gustavo Sganzerla, que foi aprovado no doutorado direto na Unicamp com bolsa FAPESP, a egressa Ana Letícia Andrade Ferreira na UFSC e o egresso Gabriel Bachega Rosa no ITA. “Devemos destacar também que as publicações do grupo de pesquisa são utilizadas para o fortalecimento dos currículos dos pesquisadores, possibilitando financiamento de projetos de pesquisa em editais internos e de agências de fomento. No ano de 2021 conseguimos a aprovação de diversos projetos de pesquisa em editais do IFSC e financiados por agências de fomento como CNPQ e FAPESC”, completa. A aprovação nestes editais garante recursos financeiros e bolsas de pesquisa para os alunos.

“Isto tem grande impacto para o campus pois traz recursos externos para a instituição permitindo a compra de equipamentos e insumos para os laboratórios. Estes equipamentos e insumos além de ser usados nas pesquisas, acabam sendo usados nas aulas práticas, beneficiando todos os alunos do câmpus”, finaliza. 

Os pesquisadores do IFSC presentes no ranking são:

– Odimar Zanuzo Zanardi – Câmpus São Miguel do Oeste

– Sergio Luciano Avila – Câmpus Florianópolis

– Maick Da Silveira Viana – Câmpus Joinville

– Rogerio De Oliveira Anese – Câmpus Urupema

– Michael Ramos Nunes – Câmpus Lages

– Joaquim Manoel Gonçalves – Câmpus São José

– Eduardo Cargnin Ferreira – Câmpus Garopaba

– Manoela Alano Vieira – Câmpus Xanxerê

– Tiago Savi Mondo – Câmpus Florianópolis-Continente

– Andrea Murillo Betioli – Câmpus Florianópolis

– Flávio Augusto Penna Soares – Câmpus Florianópolis

Confira a classificação completa aqui

Sobre o índice


O ranqueamento AD Scientific Index 2021 mostra a classificação individual de cientistas de 12 áreas (Agricultura e Silvicultura, Artes, Design e Arquitetura, Negócios e Gestão, Economia, Educação, Engenharia e Tecnologia, História, Filosofia, Teologia, Direito e Estudos Jurídicos, Ciências Médicas e da Saúde, Ciências Naturais, Ciências Sociais e outros), entre 13.542 instituições, 206 países, 11 regiões (África, Ásia, Europa, América do Norte, América do Sul, Oceania, Arab Leageu, EECA, BRICS, América Latina e COMESA) e no mundo.

O Brasil está posicionado no 1º lugar entre os países latino-americanos e no 15º no mundo, com 442 e 31279 cientistas, dos quais 77 estão entre os 10 mil mais influentes. O levantamento considera nove variáveis que compõem o índice, sendo aplicada a diferentes áreas do conhecimento. O ranking considera a produtividade dos pesquisadores nos últimos cinco anos, com base na ferramenta Google Acadêmico (apenas autores que têm perfil público e e-mail institucional na ferramenta são passíveis de ranqueamento).

Rafael Xavier dos Passos/Jornalista

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