Este animal pode viver até 16 anos em seu ambiente natural, e na cidade normalmente costuma viver de três a cinco anos
Eles estão em diferentes espaços públicos e são uma atração à parte para as crianças. Voam e andam sozinhos ou em bando. Pelos telhados, no chão e calçadas. Ganham pipoca das pessoas que se animam com a sua presença. Um pombo pode viver até 16 anos em seu ambiente natural, e na cidade normalmente costuma viver de três a cinco anos.
Mas, os pombos são tão bonzinhos assim? Este assunto foi discutido na primeira reunião do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), nesta quinta-feira (5 de março). A proliferação de pombos, especialmente em locais com aglomeração de gente – praças e áreas centrais, incomoda o Poder Público, que estuda e busca alternativas para amenizar esta questão.
No encontro estiveram presentes a gerente de Educação Ambiental da Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente, Michelle Pelozato; assessora de Governo na Gerência de Vida Animal no Município, Aracelli Hammann; especialistas do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) – biólogo Marcio Rodrigues da Silva e o médico veterinário, Mayckon Antonio Cardoso Padilha, e a representante da 27ª Regional da Saúde, Cláudia Lopes.
Na ocasião, conselheiros apresentaram o problema da invasão pelos pombos, provocadores de doenças com reflexos diretos na saúde pública. Foi decidida a realização de um encontro na primeira quinta-feira de abril, dia 2, de forma mais estendida, entre o Conselho e estes e outros órgãos e entidades concernentes a este trabalho ou afetados por este problema coletivo.
Serão convidados a Vigilância Sanitária, Instituto do Meio Ambiente (IMA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), universidades e empresas dedetizadoras. “Para pensarmos em um projeto e ações de curto, médio e longo prazo e diminuir a população destes animais e evitar problemas de saúde pública”, pontua Michelle Pelozato.
Doenças transmitidas pelo pombo
– Criptococose: Transmitida pela inalação da poeira contendo fezes secas de pombos. Compromete o pulmão e pode afetar o sistema nervoso central, causando alergias, micose profunda e até meningite subaguda ou crônica;
– Dermatites: Parasitose causada pelo piolho do pombo, que provoca erupções na pele e coceiras semelhantes às de picadas de insetos;
– Histoplasmose: Doença provocada por fungos que se proliferam nas fezes de aves e morcegos. A contaminação ao homem ocorre pela inalação dos esporos (células reprodutoras do fungo);
– Ornitose: Doença infecciosa provocada por bactérias. A contaminação ao homem ocorre pelo contato com aves portadoras da bactéria ou com seus dejetos, e
– Salmonelose: Causada pela ingestão de ovos ou carne contaminados pela bactéria Salmonella spp. presente nas fezes de pombos e outros animais. Gera uma toxi-infecção alimentar com sintomas como febre, diarreia, vômitos e dores abdominais.
Texto: Daniele Mendes de Melo
Fotos: Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente/Divulgação