Notícia no Ato

Unidades de Saúde e Vigilância Epidemiológica abrirão à noite no dia 10 de julho para vacinação contra a hepatite B

Será para pessoas com mais de 40 anos ou aquelas submetidas a procedimentos invasivos ou que sofreram acidentes ocupacionais com material perfurocortante

Daqui duas semanas, no dia 10 de julho, uma quarta-feira, na programação especial do Julho Amarelo, a Secretaria da Saúde de Lages irá proporcionar à população a vacina contra a hepatite B e testagem rápida para as hepatites virais, em horário estendido nas 23 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município que possuem salas de vacina, no período noturno, das 18h às 22h. Entretanto, no período matutino e vespertino, as atividades transcorrem normalmente, incluindo a vacinação, quando as Unidades estão abertas das 8h ao meio-dia e das 13h às 17h. As cinco UBSs que não têm sala de vacina irão oferecer testes rápidos.

Na Vigilância Epidemiológica, localizada atrás do Pronto-Atendimento (P.A.) Tito Bianchini, no Centro, os serviços de vacinação e testes serão expandidos entre 19h e 22h, sendo que ao longo do dia funciona habitualmente das 8h às 12h e das 14h às 18h. Na hora do atendimento é necessário apresentar documento com foto, Cartão SUS e Carteira de Vacinação, de acordo com a gerente de Vigilância Epidemiológica, Sumaya Furtado Pucci.

Em Lages, a imunização será intensificada e tem como público prioritário as pessoas com mais de 40 anos ou aquelas submetidas a procedimentos invasivos ou que sofreram acidentes ocupacionais com material perfurocortante. O Julho Amarelo é realizado pela prefeitura/Secretaria da Saúde de Lages, Vigilância Epidemiológica, Programa IST/Aids/HIV e Estratégia Saúde da Família (ESF).

Esta mobilização denominada Julho Amarelo partiu da sanção da Lei Federal nº: 13.802, de 10 de janeiro de 2019, instituindo o mês dedicado à causa, a ser promovido anualmente em todo o território nacional, tempo de enfoque na efetivação de ações relacionadas à luta contra as hepatites virais, chamando a atenção da comunidade e para reforçar as medidas de vigilância, prevenção e controle do agravo. O Julho Amarelo faz também referência ao dia 28 de julho, data de celebração do Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Mais de 40 mil novos casos

Conforme o Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, o Brasil registrou 40.198 casos novos de hepatites virais em 2017, sendo que 70% dos óbitos por hepatites são decorrentes da hepatite C, seguido da hepatite B (21,8%) e A (1,7%). A hepatite é a inflamação do fígado e pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, bebida alcoólica e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. É considerada problema de saúde pública no Brasil e no mundo.

As hepatites virais mais comuns no Brasil são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem duas vacinas contra a hepatite A. Uma deve ser aplicada em duas doses com intervalo de seis meses; a outra, em três doses distribuídas também nestes seis meses. Disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), a imunização contra a hepatite A é oferecida no Calendário Nacional de Vacinação, para crianças de 15 meses a cinco anos incompletos (quatro anos, 11 meses e 29 dias).

Milhões de pessoas no país são portadoras dos vírus B ou C, porém, desconhecem. Por vezes silenciosas, as hepatites B e C nem sempre apresentam sintomas e podem evoluir para forma crônica e causar danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer.

A hepatite B ainda não tem cura, mas tem tratamento e pode ser evitada com a vacina, para crianças, em quatro doses: ao nascer, dois, quatro e seis meses. Para os adultos que não se vacinaram na infância, são três doses a depender da situação.

Já a hepatite C não tem vacina, mas tem cura. Existe, ainda, o vírus D, mais frequente na região Norte e que para causar infecção precisa da presença do vírus tipo B (HBV), contudo, quem se vacina para o tipo B se protege também para hepatite. Já a hepatite E é relatada esporadicamente no Brasil. O tratamento para hepatites é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) independentemente do grau de lesão do fígado.

Formas de transmissão das hepatites e diagnóstico

Contágio fecal-oral, transmissão por contato com sangue, transmissão vertical (pode ocorrer durante a gravidez e o parto), e por transfusão de sangue ou hemoderivados. O diagnóstico é feito por teste rápido ou no pré-natal.

Sintomas

Cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjôo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Texto: Daniele Mendes de Melo

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