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Festa do Pinhão: Retomada da cultura tradicionalista e mais acesso aos lageanos

Uma audiência pública é um instrumento para que a população dê sua opinião, faça críticas e apresente sugestões sobre um determinado tema. E quando o assunto é a Festa do Pinhão, o interesse da população aumenta. Tanto que uma centena de pessoas compareceu à Câmara de Vereadores, na tarde de terça-feira, 28, para uma reunião sobre o novo edital do evento.

Desde o ano de 2014 a festa é realizada através de uma Parceria Público Privada (PPP), onde a empresa Gaby Produções, vencedora da licitação, toca o evento. No entanto, o contrato se encerra nesta edição e a Prefeitura deverá lançar um novo certame, que decidirá o futuro da festa pelos próximos cinco anos.

Diante disso, comerciantes que já atuam na festa, empresários, representantes de entidades e associações viram a oportunidade de expor suas ideias, manifestar suas dificuldades, sugerir mudanças e propor ajustes para que esse novo edital.

Três pontos predominaram nas discussões: Primeiramente, todos concordaram e desejam que a festa continue, pois ela é considerada um patrimônio da cidade, já na 31ª edição. Na sequência, as solicitações foram pelo resgate das origens da festa e sobre os preços praticados pela empresa Gaby Produções. Assim, as reivindicações pedem que o novo documento estabeleça à empresa vencedora da licitação a garantia de espaço à cultura tradicionalista dentro do Parque Conta Dinheiro, bem como constem critérios para a prática das cobranças dos ingressos, dos boxes e a venda (se houver) de produtos pela vencedora do certame.

Atualmente, segundo os relatos públicos manifestados pelos comerciantes que atuam na festa, a empresa que explora o evento é quem fornece os produtos alimentícios e bebidas que são comercializados no interior do parque. Portanto, as reclamações e queixas são, principalmente, em relação aos preços repassados àqueles que compram seu espaço dentro da festa.

A iniciativa da reunião é uma proposição conjunta dos vereadores Lucas Neves (Progressistas), Amarildo Farias (PT), Bruno Hartmann (PSDB), Ivanildo Pereira (PR), Jair Junior (PSD), João Chagas (PSC) e Mauricio Batalha Machado (Cidadania), através do requerimento 110/2019. Os edis Jean Pierre Ezequiel (PSD), Osni Freitas (PDT), Pedro Figueredo (PSD) e Thiago Oliveira (MDB) também acompanharam as deliberações.

Edital em construção

O superintendente da Fundação Cultural, Gilberto Ronconi, informou que o edital não está pronto, mas que a licitação está sendo construída em cima de dados técnicos econômicos e jurídicos. “Nós sabemos da importância dessa licitação para o município de Lages e faremos tudo que está ao nosso alcance, especialmente, ouvindo as necessidades da população”, ressaltou.

Giba ainda reforçou que o novo edital de licitação contará com tudo que estiver dentro da lei. Também solicitou às entidades e associações que representam suas categorias e formalizem as demandas expostas, dando assim os subsídios necessários para construção do novo edital da Festa. “Nós não podemos criar aventuras dentro de um edital de licitação que é tão importante para 160 mil habitantes de Lages e muitos milhares de outros que nos visitam”, disse.

Também fizeram parte da mesa de autoridades o procurador-geral do Município, Agnelo Miranda; o diretor de Licitação, Reno Rogério de Camargo; o diretor da GDO Produções, Lauri Schoenher; o empresário da Gaby Produções, Beto Ody; e os comerciantes Marklin Andreoli, Franklin Andreoli e Gersi Lima.

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