O início da tarde desta quarta-feira (24) foi marcado por tensão no bairro Passo Fundo, em Lages. Uma mulher precisou acionar o botão do pânico para pedir socorro à Polícia Militar, após ser novamente ameaçada pelo próprio filho, que já possui histórico de violência contra ela e está proibido judicialmente de se aproximar.
Ao chegarem ao local, os policiais encontraram o homem ainda dentro da residência. Usuário de drogas, ele admitiu ter invadido a casa da mãe para furtar objetos e trocá-los por entorpecentes. A vítima, bastante abalada, confirmou o relato e disse que os episódios de violência têm se repetido.
Mesmo na presença da guarnição, o homem voltou a ameaçá-la, afirmando que “quando sair da cadeia ela iria ver que o bagulho é louco”. Diante da gravidade, recebeu voz de prisão, foi algemado e conduzido à Delegacia de Polícia.
O caso evidencia a importância dos mecanismos de proteção previstos na Lei Maria da Penha, como o botão do pânico, que possibilita o acionamento rápido da polícia em situações de risco. Apesar do recurso, a realidade ainda mostra os desafios enfrentados por mulheres que, mesmo amparadas por medidas protetivas, continuam vulneráveis diante da violência doméstica.
Em Lages e em outras cidades do país, situações como essa reforçam o debate sobre a necessidade de apoio não apenas policial e jurídico, mas também social, psicológico e de saúde pública para romper ciclos de dependência química e violência dentro das famílias.