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Réu que matou a filha por herança é condenado a 18 de prisão em Campo Belo do Sul

O trabalho do Tribunal do Júri da comarca de Campo Belo do Sul, na Serra Catarinense, nesta quinta-feira, 9/11, se aproximou das 12 horas. Ao final, o homem acusado de matar a filha Evelen Batista Gracietti, com um tiro na cabeça por herança foi condenado a 18 anos de reclusão, em regime fechado. O homicídio teve as três qualificadoras – feminicídio, motivo torpe e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima- reconhecidas pelos jurados.

Conforme consta na denúncia, o crime ocorreu no dia 16 de maio de 2022, no interior de Cerro Negro. Ele sabia que a garota estava sozinha em casa quando se dirigiu à residência. O homem estacionou a moto, a chamou, iniciou uma breve conversa e, de surpresa, desferiu um tiro a curta distância, sem que ela tivesse chance de se defender.

O réu queria obter ganhos financeiros com a morte da filha. Isso porque herdaria a parte de uma propriedade rural que cabia à vítima, mas era utilizada como residência por ele, antes que atingisse maioridade civil. A garota completaria 18 anos em pouco mais de um mês. O processo tramita em segredo de justiça e a sentença é passível de recurso.

Este caso julgado em Campo Belo do Sul integra a lista dos pautados pelo Judiciário para o Mês Nacional do Júri. Neste período, tribunais de todo o país se mobilizam para agilizar o julgamento desses crimes dolosos contra a vida. Os homicídios qualificados pelo femicinicídio, quando é cometido contra mulheres em violência doméstica ou em aversão ao gênero da vítima, são tidos como prioridade para julgamento.

NCI/TJSC – Serra e Meio-Oeste – Foto: Pexels

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