Notícia no Ato

Projeto de apadrinhamento de crianças e adolescentes acolhidos é retomado em Lages

O período de pandemia fez com que as atividades relacionadas ao apadrinhamento de crianças e adolescentes que vivem em serviços de acolhimento institucional de Lages tivessem uma pausa. Nesta quarta-feira, dia 5, houve o lançamento do projeto Novo Acalanto, instituído pela portaria nº 6/2017 da comarca local, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Assistência Social em parceria com o Poder Judiciário.


Umas das primeiras ações neste momento é sensibilizar e captar padrinhos e madrinhas afetivos, provedores ou prestadores de serviços. Uma capacitação será oferecida para aqueles que desejarem fazer parte de uma dessas três modalidades. Quem tiver mais de 22 anos pode entrar em contato com a Diretoria de Proteção Social Especial de Alta Complexidade, pelo telefone (49) 3019-7460 ou e-mail protecaoalta.sas@lages.sc.gov.br, para efetivar a inscrição.
Os cadastros dos novos padrinhos e madrinhas serão feitos até o dia do curso, marcado para 18 de julho, quando uma profissional da cidade de Limeira (SP) estará em Lages na preparação de técnicos e participantes. Ao todo, serão quatro dias de trabalho, sendo os períodos noturnos dedicados à instrução de padrinhos e madrinhas para tornar essa experiência saudável e prazerosa.
Como apadrinhar?
A definição de apadrinhamento pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) diz que esta é uma forma de estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente vínculos externos à instituição para fins de convivência, colaborando com seu desenvolvimento social, físico e educacional.
O juiz Ricardo Alexandre Fiuza, titular da vara da Infância da comarca de Lages, explica que as pessoas podem apadrinhar de três maneiras. Uma delas é o apadrinhamento afetivo. “ Nesta modalidade os padrinhos podem desenvolver um vínculo com a criança ou adolescente no ambiente familiar, em passeios, ida ao cinema e até viagens, quando autorizados”.
No apadrinhamento provedor os padrinhos e madrinhas irão financiar algum serviço para a criança ou adolescente. “ Podem ser aulas de natação, dança, inglês ou outros cursos que forem de interesse do afilhado, por exemplo, ou demais serviços que atendam às necessidades deles”.
A última modalidade é a prestação de serviços. Nela, as ações de responsabilidade social ocorrem nas instituições de acolhimento e podem ser desenvolvidas pelos mais diversos tipos de profissionais, como dentistas, professores, cabeleireiros, músicos, entre outros.

Taina Borges – NCI/TJSC
Foto: Ary Barbosa/Prefeitura de Lages – Freepik

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