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No seu maior desafio profissional, Alexsandro Postali diz que missão no PJSC será resolver casos

A equipe do Núcleo de Comunicação Institucional (NCI) entrevistou três diretores empossados recentemente no Poder Judiciário catarinense e nesta semana apresenta quem são, quais as atribuições das respectivas diretorias e o que planejam para o próximo biênio. A convite do presidente, desembargador João Henrique Blasi, Alexsandro Postali assumiu o cargo de diretor-geral administrativo.

Casado com Rafaela Pinto Ribeiro Postali e pai de Isabella e Gabriella Ribeiro Postali, o lageano é graduado em Direito pela Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), pós-graduado em Ciência Jurídica pela Uniplac e Escola da Magistratura de Santa Catarina, em Direito Processual Civil pelo Instituto de Ciências Jurídicas, Modernização e Gestão do Poder Judiciário e pela Unisul, e em Direito Notarial e Registral pela Faculdade Arthur Thomas de Londrina – PR.

Confira como foi a entrevista:

Na sua cidade natal, Lages, o sr. foi professor universitário na área do Direito. Como foi essa experiência?

Sim, fui professor universitário. A história começou no ano de 2002, com um convite da coordenação do curso de Direito da Uniplac para lecionar a cadeira de Processo Civil II, logo na sequência fiz concurso e me tornei titular dessa mesma cadeira. Fui professor entre os anos de 2002 e 2009, e no período tive a oportunidade de dar aulas nas cadeiras de Processo Civil III e Estágio I.

A docência foi um desafio apaixonante, eu tinha uma relação de muito carinho e respeito com a Uniplac, sou egresso da instituição e isso me orgulha. Como acadêmico, fui presidente do Diretório Central dos Estudantes e participei do processo de transformação da instituição em universidade, compondo comissões e conselhos.

Também participou da produção de um filme. Como foi?

Em relação ao filme, foi uma experiência muito interessante. Gravado em 1999, o curta “Irmãos Canozzi – A História que virou lenda” foi uma produção idealizada e dirigida pelo cineasta Fernando Leão, um amigo especial.

No filme interpretei o Thomáz Brocato, um italiano fugido da Sicília que atendia como médico apesar de não ser formado. O filme foi vencedor de quatro prêmios no Gramado Cine Vídeo do ano 2000, um marco para o cinema local. Essa atuação possibilitou conhecer mais profundamente uma rica história da cultura lageana.

Como foi seu ingresso no Judiciário catarinense? Ocorreu antes ou depois da docência?

O meu ingresso no Poder Judiciário se deu em 1997, antes da docência, quando recebi convite para estagiar na 3ª Vara Cível, que na época acumulava a atribuição dos Feitos da Fazenda e era conduzida pelo magistrado Stanley da Silva Braga. Logo na sequência prestei concurso público e, em novembro de 1999, tomei posse no cargo de técnico judiciário auxiliar na comarca de Otacílio Costa.

Em 2001 fui removido para a comarca de Lages e nela permaneci até março de 2009, com atuação primeiro na 3ª Vara Cível, onde exerci a função de escrivão designado, e em seguida na chamada Vara da Uniplac.

Em 2009 fiquei à disposição do Tribunal de Justiça até 2011, quando fui removido. Aqui no Tribunal de Justiça, fui assessor correcional e coordenador do Núcleo IV da Corregedoria-Geral da Justiça, e atuei como assessor especial da 3ª Vice-Presidência.

O sr. foi instrutor nos projetos de implantação do manual de procedimentos dos cartórios cíveis. Quando foi esse período e como era sua atuação?

Sim, atuei entre os anos de 2004 e 2005 e foi um projeto muito importante. Contribuí com o desenvolvimento do manual, que tinha como objetivo padronizar, otimizar e melhorar os procedimentos nos cartórios cíveis do Poder Judiciário.

Em conjunto com a Academia Judicial, prestávamos orientações aos colegas que atuavam nos cartórios, instruindo-os e auxiliando-os nas novas formas para o desenvolvimento das suas tarefas. Os cursos ministrados forneciam noções jurídicas e explicavam o que se entendia como uma forma mais racionalizada de atuação dos servidores.

E sua participação no programa de implantação de varas e serviços?

O programa de implantação de novas varas e serviços foi uma experiência muito feliz que a vida profissional me proporcionou. Atuei com um time incrível de servidores durante os anos de 2006 a 2011. Preparávamos a instalação de novas comarcas e varas e auxiliávamos na organização e racionalização dos serviços em cartórios que demandavam apoio.

Essa atuação me oportunizou conhecer praticamente todas as regiões do nosso Estado e muitos colegas de Judiciário, de quem guardo agradáveis lembranças até os dias de hoje. Romper as fronteiras da minha comarca de origem, conhecer outras formas de trabalho e contribuir para a criação de uma cultura profissional de atuação nos cartórios judiciais foi algo muito importante, aumentou minha bagagem de conhecimento institucional e me possibilitou ter uma visão geral do Poder Judiciário de Santa Catarina. Sem dúvida, foi um período de intenso aprendizado.

Quais outras atividades destaca?

Eu destaco também o período em que atuei como assessor correcional e coordenador do Núcleo IV da Corregedoria-Geral da Justiça. Essa atividade me possibilitou conhecer e conviver com as atividades extrajudiciais. O período foi de organização do setor, construção e modernização das atividades notariais e de registro.

O sr. assumiu, recentemente, o cargo de diretor-geral administrativo. Este é o maior desafio da sua carreira profissional?

Sim, tive a honra de receber o convite do desembargador João Henrique Blasi, presidente do Tribunal de Justiça. Sem dúvida é o maior desafio da minha carreira profissional, mas, ciente das metas e dos projetos de gestão, não tive dúvidas em aceitar a missão porque tenho plena convicção de que teremos dois anos muito profícuos para o Poder como um todo.

Como é a estrutura e quais as atribuições da Diretoria-Geral Administrativa (DGA)?

A Diretoria-Geral Administrativa é a responsável pela gestão administrativa do Tribunal de Justiça, sob ela estão situadas outras sete diretorias vinculadas, e temos a atribuição de coordenar todo o planejamento e execução das ações concretas dessas áreas.

Além disso, temos competência de análise e deliberação de matérias específicas, exaramos pareceres opinativos em matérias de competência da Presidência e dos órgãos deliberativos e atuamos como ordenadores de despesas.

O que elenca como prioridade no trabalho desenvolvido pela DGA para o futuro?

A prioridade principal é cumprirmos o plano de gestão construído pelo desembargador Blasi e toda a equipe diretiva, observados os marcos do planejamento estratégico do Poder Judiciário. No âmbito da DGA temos como metas conhecer pessoas e processos e melhorar os fluxos. Pretendemos imprimir um modelo de gestão proativa e participativa, promover uma gestão mais horizontal, com melhoria na comunicação interna, e desenvolver projetos que preparem o setor administrativo do Tribunal de Justiça para o futuro.

Qual será sua missão no próximo biênio?

A nossa missão, conforme sempre repetido pelo desembargador presidente, será de resolver e não de criar casos. Os próximos meses nos exigirão a capacidade de superar o medo e a ansiedade de não saber o que virá, mas seguir em frente mesmo assim.

Temos a meta de praticar o senso de urgência que o curto tempo de gestão nos impõe, sempre com o propósito de ouvir, atender a todos e sermos decisivos, inclusive para identificar e reconhecer as oportunidades que certamente aparecerão. Conhecemos a rica história do nosso Poder Judiciário, sabemos da realidade atual e faremos o nosso melhor para deixarmos um legado de futuro.

Taina Borges
NCI/TJSC – Serra e Meio-Oeste

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