Notícia no Ato

Prefeito Antonio Ceron inaugura nova estrutura do Banco de Alimentos de Lages

O número de locais atendidos mensalmente pelo Banco de Alimentos varia conforme a disponibilidade de produtos, sempre seguindo a determinação definida pelo Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea)

Lages ganhou um novo Banco de Alimentos, totalmente reformado e equipado para atender às necessidades dos lageanos que vivem em situação de insegurança alimentar e ainda fomentar a agricultura familiar. A estrutura foi inaugurada na manhã desta quinta-feira (4 de novembro) pelo prefeito Antonio Ceron, o vice Juliano Polese e o secretário municipal da Assistência Social, Jean Pierre. A solenidade contou com a presença do secretário de Estado do Desenvolvimento Social, Claudinei Marques, vereadores e lideranças comunitárias.

Reduzir o desperdício de alimentos e destiná-los às pessoas que precisam é o grande objetivo do Banco de Alimentos. Cerca de 300 famílias estão inseridas no programa Agricultura Familiar, que fornece produtos hortifrútis para o Banco. Somente neste ano já foram distribuídas 350 toneladas de alimentos, atendendo em média 5.500 lageanos por semana e contemplando 26 entidades filantrópicas. “Este trabalho vai ao encontro das necessidades das pessoas mais vulneráveis. Um prato de comida entregue a quem tem fome conforta nossos corações”, comenta o prefeito Antonio Ceron.

De acordo com o secretário Jean Pierre, um novo modelo está aos poucos sendo implantado, que é o acréscimo de hortifrútis nas cestas básicas distribuídas pelos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS). “Este ano já chegamos a 50% das cestas básicas com hortifrútis, e nossa meta para o ano que vem é alcançar os 100%”, afirma.

O secretário de Estado, Claudinei Marques, anunciou em primeira mão que Lages será contemplada com um caminhão e um furgão, que deverão ser usados no transporte de alimentos. Na semana que vem irá a Brasília tratar deste e outros trâmites, e convidou o secretário Jean para acompanhá-lo.

Quem é o público atendido?

Atualmente o Banco de Alimentos tem em média 90 cadastros ativos. Destes 26 são entidades e 44 associações de moradores e 20 são equipamentos públicos de assistência social. O número de locais atendidos mensalmente varia conforme a disponibilidade de alimentos, sempre seguindo a determinação definida pelo Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).

O número de pessoas beneficiadas com alimentos distribuídos pelo Banco de Alimentos, conforme indicação do Conselho,através de Associações de Moradores e Entidades da Sociedade Civil (sem contar CRAS e CREAS) chega em média de 5.500 pessoas atendidas (sendo estas 3.130 crianças, 840 idosos e 1567 mulheres).

É importante ressaltar que dos locais cadastrados, trinta deles são classificadas como maior foco de necessidade conforme a resolução nº 003/CONSEA/2018, e estes locais recebem alimentos todos os meses. Já as entidades com menor necessidade de receber alimentos e as associações de moradores que necessitam de alimentos em grandes quantidades para atender a população dos bairros, recebem os alimentos quando há repasses provenientes do Programa de Aquisição de Alimentos. Para estas entidades a organização é feita conforme esquema de rodízio para garantir que todas as associações recebam quantidade suficiente para atender o número de famílias em vulnerabilidade social e alimentar. “Reforçamos que esta não uma distribuição aleatória do município. Todo repasse de alimento é realizado com base nas determinações e indicações do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional”, salienta o secretário de Assistência Social e Habitação, Jean Pierre.

O que é o Banco de Alimentos e como funciona

O Banco de Alimentos tem por finalidade a diminuição do desperdício de alimentos na cadeia produtiva e redução da fome, fazendo assim uma ponte entre o excedente da produção rural e a mesa de quem precisa.

Existem duas formas de o alimento chegar ao banco, através da doação de produtos por supermercados, fruteiras, campanhas de arrecadação, indústrias e produtores rurais e também através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) que é de onde vem a maior parte dos alimentos distribuídos no banco.

O Programa de Aquisição de Alimentos possui duas finalidades básicas: promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar. Para receber os alimentos desse programa o município precisa estabelecer convênios com cooperativas de agricultura familiar e apresentar projetos em conjunto para a liberação do recurso pelo governo federal (esse recurso é administrado pela CONAB ou pela Secretária de Estado de SC) para onde o Banco de Alimentos precisa prestar contas.

Investimento e estrutura completa

Foram investidos aproximadamente R$450 mil na obra e aquisição de equipamentos, com recursos próprios do município. O prédio, que tem 518 metros quadrados de extensão, está localizado no bairro Conta Dinheiro, na antiga estrutura do Centro de Educação André Luiz e foi cedido em regime de comodato pela Secretaria da Educação à Secretaria da Assistência Social e Habitação para a instalação do Banco de Alimentos.

A nova estrutura conta com cozinha, sala administrativa, de serviço social, auditório, sala de triagem e seleção de alimentos, área de descarte, estocagem, duas câmaras frias e banheiros com acessibilidade. Também foram adquiridos equipamentos da linha industrial, como batedeira planetária, secadora a vácuo, liquidificador basculante, centrífuga de sucos, despolpador e balança.

Texto: Aline Tives/Fotos: Aline Borba

Achou essa matéria interessante? Compartilhe!