A educação vive uma dura realidade. Nos últimos tempos, os professores têm recebido ataques ferozes aos direito e garantias fundamentais que deveriam ser constitucionalmente assegurados. Em Lages, além dos ataques aos direitos da categoria com a proposta da reforma da Previdência em curso, os professores da rede municipal têm também amargado arrocho salarial se precedentes. Isso, aliado a outros fatores, como a falta de material pedagógico nas escolas, só ajuda a agravar a situação dos serviços públicos de educação na rede municipal de ensino.
O clima na categoria é de insatisfação. Há quase dois anos, a gestão do prefeito Antonio Ceron não dá um centavo de reajuste salarial aos profissionais da educação, e a defasagem salarial da categoria é significativa. Ceron, pelo menos quando o assunto é valorização dos docentes, prefere desenvolver uma política de austeridade, de precarização e arrocho salarial. Com isso, ajuda a sucatear ainda mais a educação municipal, promovendo um verdadeiro desrespeito à categoria.
Importante ressaltar que a política educacional da atual administração de Lages vai na contramão da que vem sendo praticada pelo Governo do Estado. Recentemente, o governador Carlos Moisés decidiu aumentar para R$ 5 mil o salário do magistério da rede estadual. O reajuste vale para professores efetivos, contratados e aposentados com ensino superior e carga horária de 40 horas. O aumento, retroativo a fevereiro deste ano, já começou a ser pago.
Se o Governo do Estado teve condições de dar esse aumento “pomposo” aos docentes da rede estadual, por que a gestão municipal desvaloriza tanto o magistério municipal? Até quando a categoria será desvalorizada? Fato é que o prefeito Antonio Ceron virou as costas para o magistério e, como justificativa para este descaso com a educação, culpa a famigerada crise provocada pela covid-19, como se os professores fossem os culpados por tudo o que vem acontecendo.
