Notícia no Ato

Coxilha Rica terá colheita aproximada 40 mil toneladas de cereais na safra 2020/21

Esta região é a nova fronteira agrícola de Santa Catarina, isto em virtude da melhoria nas estradas, garantindo-se, assim, um satisfatório escoamento da produção. O asfaltamento de um trecho de 27 quilômetros de estrada tem alavancado o desenvolvimento agrícola da área que, por mais de dois séculos, esteve centrada basicamente apenas na pecuária

A safra agrícola 2020 – 2021, na região da Coxilha Rica, será maior do que a anterior, e isto se deve a uma maior regularidade de chuvas em relação à safra 2019 – 2020, e também ao aumento da área plantada. A Cooperativa Agropecuária do Planalto Serrano (Cooperplan) estima uma colheita de 14 mil toneladas de grãos (milho, soja, feijão e pipoca), enquanto que a Cooperativa Regional Agropecuária de Campos Novos (Copercampos) espera receber nesta safra de verão acima de 260 mil sacos de grãos, ou seja, em torno de 20 mil toneladas de cereais produzidos por produtores da região da Coxilha Rica.

Pela Cooperplan são 3.081 hectares de lavouras, enquanto que pela Copercampos a quantidade de lavouras cultivadas, nesta atual safra, gira em torno de sete mil hectares. O engenheiro agrônomo da Copercampos, Emanoel Mattos, ressalta que haverá um incremento de 30% na quantidade de cereais entregues pelos produtores nas duas unidades da Cooperativa, na Coxilha Rica (uma localizada em território de Lages e a outra em área de Capão Alto) em relação à safra passada 2019 – 2020.

Cooperplan

Do total de 3.081 hectares de lavouras plantadas pelos associados da Cooperplan, 1.366 hectares são de cultivo de soja, 395 hectares de milho, 915 hectares de feijão e mais 405 hectares de pipoca. Esta Cooperativa tem capacidade de estocar 120 mil sacos de grãos nos silos instalados na região de São Jorge. “Nesta safra teremos uma aumento de 15% em relação ao total de produtos recebidos na safra 2019 – 2020”, complementa o presidente da Cooperplan, Arnaldo Moraes.

Copercampos

A Copercampos tem duas unidades na Coxilha Rica, a unidade 63 na localidade de Vigia, com capacidade de estocar 60 mil sacos de grãos, e a unidade 91, em São Jorge, capaz de estocar 240 mil sacos, o que totaliza 300 mil sacos de 60 quilos por unidade. Para esta safra, a estimativa é de que estas duas unidades recebam 260 mil sacos de grãos. Na safra de inverno de 2020, a Copercampos recebeu também 15 mil sacos de trigo.
Esta Cooperativa recebe parte da produção cultivada por associados e não associados em 5.500 hectares de soja, 800 hectares de milho, 1.150 de feijão e 370 hectares de pipoca. “Para a safra de 2021 – 2022, a tendência é de que aumente em torno de mil hectares de área plantada na Coxilha Rica”, salienta Emanoel Mattos.

Infraestrutura viária

O que mais tem impulsionado o aumento da produção agrícola na Coxilha Rica é o trecho de 27 quilômetros asfaltados da estrada geral, interligando as regiões de Vigia (acesso pela rodovia BR-116) e São Jorge. Em uma estimativa do Sindicato Rural de Lages, em parceria com as cooperativas agrícolas, dos cerca de 120 mil hectares de terras da Coxilha Rica, 30 mil hectares (25%) são apropriados para o cultivo de cereais, basicamente. Portanto, o potencial de desenvolvimento deste setor, nesta vasta área rural do município, é promissor.

Melhorias gerais nas estradas rurais

O secretário da Agricultura e Pesca, da prefeitura de Lages, Thiago Cordeiro, faz um balanço geral dos trabalhos em execução neste início do ano de 2021, com ênfase para as melhorias gerais nas estradas, tendo em vista a garantia do escoamento da produção agrícola e pecuária, as quais ocorrem, simultaneamente, à vazão da produção madeireira. E se o transporte da madeira bruta (toras) é feito o ano todo, inclusive em períodos de chuvas prolongadas (como ocorrido nos meses de dezembro e janeiro), as estradas de terra ficam expressivamente avariadas. Somente na estrada geral da região do Tributo se formaram vários atoladores, impedindo, com frequência, a passagem normal de veículos.
Desta forma, prontamente a Secretaria da Agricultura e Pesca de Lages deslocou equipe de manutenção de estradas e pontes para resolver os problemas. E a exemplo do que se fez na estrada de Tributo também foi feito em outras estradas: Serviços de reparos gerais, patrolamento e cascalhamento.
Equipes da prefeitura estão trabalhando no trecho da Antiga BR-2 (Lages – Coxilha Rica); na estrada Cajuru – Morrinhos; estrada de Tributo; estrada de Cabo de Lança, e também na estrada do antigo lixão. Na estrada Cajuru – Morrinhos, a prefeitura reconstruiu uma ponte e consertou a ponte da estrada à margem da fazenda de propriedade de Vânia Ramos e de acesso ao Bodegão e Fazenda Guarda-Mor.
Também estão agendadas as obras de reconstrução da ponte da estrada do Bodegão. “A prefeitura tem se esforçado ao máximo para dar conta da grande demanda de serviços gerais de manutenção e melhorias gerais nas estradas. Isto inclui a reforma e reconstrução das pontes existentes ao longo de todos os trechos de estradas. Já licitamos a construção de 300 metros lineares de pontes (em concreto). O que compreende a reconstrução de cerca de 30 pontes de um total de 55 existentes. No município de Lages existem 2.049 quilômetros de estradas”, conclui o secretário da Agricultura de Pesca, Thiago Cordeiro.

Texto: Iran Rosa de Moraes/Fotos: Toninho Vieira

Achou essa matéria interessante? Compartilhe!