Prefeitura de Lages, por meio da Secretaria da Saúde, consegue zerar filas para exames de algumas especialidades

Em 2020, a Secretaria chegou a autorizar 400 exames de Ecocardiograma e 700 exames de Ressonância, por mês, e desta forma chegou a zerar estas filas

Preocupados com as filas de exames para especialidades que só aumentavam devido à grande demanda mensal, a Prefeitura de Lages, por meio da Secretaria da Saúde, criou estratégias para melhorar o quadro. Desde 2017 gestores trabalham para aumentar o número de exames realizados e filas para algumas especialidades chegaram a ser zeradas em 2020.

O secretário municipal da Saúde, Claiton Camargo de Souza, explica que antes a Secretaria trabalhava com um número muito baixo de cotas para autorizações de exames, sendo a maior demanda para exames de ressonância em que eram autorizados 98 exames mensais. “Tínhamos um número limitado de autorizações, enquanto entravam 200 exames por mês, ou seja, entrava o dobro do que era autorizado Outro exemplo é o Ecocardiograma, que em 2017 autorizávamos 60 exames mensais, enquanto entravam 125 pedidos exames mensais”, conta.

Em 2020, a Secretaria chegou a autorizar 400 exames de Ecocardiograma e 700 exames de Ressonância, por mês, e desta forma chegou a zerar estas filas.Quanto aos exames de ultrassonografia, somente o que tem demandas reprimidas atualmente são os de articulação, pois a procura é grande e é solicitado até quatro membros por paciente em alguns casos. Os demais exames de ultrassom, a autorização é realizada dentro do mês em que é solicitado o exame, ou seja, as filas são zeradas todos os meses.“Um exemplo de exame que a fila estava parada é o exame de Eletroencefalograma que não tinha prestador desde 2013 e no momento estão sendo autorizados 100 exames por mês”, acrescenta o secretário Claiton.

Entre as estratégias adotadas a partir de 2017, está a implantação da Diretoria de Regulação o que facilitou a comunicação intersetorial; a revisão e atualização dos contratos com prestadores, que há dez anos não eram renovados; gestão financeira dos recursos aplicados nos exames; gestão financeira do Fundo Municipal de Saúde (alocação de recursos parados); parceria com a esfera federal no âmbito de emendas parlamentares e a capitação de novos prestadores.

Algumas dificuldades ainda são encontradas, impedindo a diminuição de algumas filas de exames como Colonoscopias e Endoscopias.Falta de prestador que ofereça quantidade significativa de cotas para diminuir estas filas, ou seja, existe o recurso, mas não existe quem ofereça o serviço; prestador via consórcio para a realização destes exames em outros municípios, dificultando a locomoção, pois são exames que exigem um preparo que causa na maioria das vezes mal-estar nos pacientes. “O absenteísmo também é um problema, pois grande número de pacientes não comparecem para retirar sua autorização de exame, não avisam, tirando muitas vezes o lugar de outros pacientes que realmente precisam”, afirma.

Texto: Aline Tives