Notícia no Ato

Pedido de Impeachment do Governador Carlos Moisés foi acolhido pelo Presidente da Alesc

O Governador de Santa Catarina enfrenta neste momento cinco processos de Pedido de Impeachment em análise na Assembléia Legislativa de Santa Catarina. E hoje o Presidente da Alesc, deputado Júlio Garcia abriu um processo de impeachment contra o Governador Carlos Moisés da Silva. Acuado por experientes parlamentares da Oposição, resta ao primeiro mandatário estadual usar de artimanhas políticas na tentativa de   afrouxar  as acusações que lhe são imputadas, nem todas de cunho jurídico; e sim, políticas. Carlos Moisés, foi durante várias décadas um oficial comandante na unidade do Corpo Bombeiros Militar, onde havia centenas de comandados. Hoje, apesar de ainda exercer um comando, encontra-se praticamente numa trincheira com pouquíssimos aliados. E o pior, companheiros sem experiência na atividade política, que, aliás, falta ao próprio comandante. O prosseguimento desses pedidos em trâmite na Alesc dependerá dos próprios aliados do Governador que, sem dúvida não tem uma tropa para comandar. N            a verdade, Carlos Moisés não pode nem contar hoje de um articulador político capaz de anular o avanço desses pedidos. Desde a saída de Amandio João da Silva Júnior da Casa Civil, resta apenas ao deputado federal Fábio Schiochet, PSL, que tem condições de fazer as interlocuções com os parlamentares estaduais,já que o quesito “política” nesse combate é mais forte que o poder jurídico. Cabe ao Governador torcer para conseguir formar a sua tropa diante de um confronto muito delicado entre Executivo e Legislativo. Quem esperou até hoje por um resultado, ainda terá que esperar por mais alguns dias para saber se o Comandante Carlos Moisés sairá vencedor dessa batalha, ou se a experiência política da Oposição vai prevalecer na reta final.

A tramitação

O anúncio do Processo de Pedido de Impeachment foi feito pelo presidente da Alesc, deputado Júlio Garcia, PSD, portanto, foi aceito um dos cinco pedidos que tramita e foi assinado pelo defensor público Ralf Zimmer Júnior, o qual aponta crime de responsabilidade dos agentes públicos na concessão de aumento salarial aos Procuradores do Estado. Vale ressaltar que, além do Governador Carlos Moisés, também constam do processo a vice-governadora Daniela Reinehr, PSL, e o secretário de Administração, Jorge Eduardo Tasca. A partir de agora, o governador e os demais citados no processo vão ter 15 dias  para prestar informações sobre os crimes apontados. Paralelo será criada uma comissão especial formada por nove deputados que vai emitir opinião sobre o pedido, que poderá até demorar 60 dias. Dependendo do parecer vai resultar em um projeto de decreto legislativo pelo recebimento ou não da representação contra Carlos Moisés e os demais citados. O Pedido de Impeachment terá que ser aprovado por 2/3 dos 40 deputados (27 votos). Aí, neste caso o Governador, a vice governadora e o secretário de Administração serão afastados do cargo e o substituto constitucional assume a chefia do Executivo Estadual. O que deverá ser o presidente da Assembléia Legislativa, Júlio Garcia a assumir o cargo.

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