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Carmen pede solução para o dilema de gestores na compra de remédios da Covid-19

O reajuste “astronômico” nos preços dos medicamentos usados no tratamento da Covid-19 provocou acirrado debate nesta quarta-feira (3) da Comissão Externa de Enfrentamento do Coronavírus.

 Diante do dilema vivenciado pelas secretarias estaduais e municipais de saúde entre comprar a medicação acima do mercado ou “salvar vidas”, a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), relatora da comissão, alertou para os riscos de os gestores serem obrigados a fazer compras acima da tabela de preços da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED)

“Os gestores não estão adquirindo (os medicamentos) porque sabem que, se comprarem acima do preço, poderão ser processados, terem de responder judicialmente aos órgãos de controle externo. Eu também fui vítima disso”, afirma a parlamentar, que foi secretária de Saúde de Santa Catarina.

Se o reajuste é provocado pela alteração do dólar, falta de insumos e questão de logística e aumento do consumo no mercado internacional, apontou Carmen, cabe à CMED buscar solução para o problema.

 “Estamos numa situação de excepcionalidade. Ainda há tempo para buscar um entendimento, por isso que a participação da CMED junto ao setor produtivo é fundamental”, enfatiza

Há medicamentos que são usados no tratamento da Covid-19, inclusive os relaxantes e sedativos para a intubação dos pacientes, que foram reajustados em até 300% nestes três meses de pandemia. Também houve um aumento substancial de preço de insumos utilizados em outras doenças. “A heparina que é usada na diálise subiu de R$ 9,24 para R$ 21”, ressalta Carmen Zanotto.

Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados

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