A Prefeitura de Lages definiu o reajuste das tarifas do transporte urbano municipal, que entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2026. A decisão foi tomada após análise técnica e autorização da prefeita Carmen Zanotto.
De acordo com dados apresentados à administração municipal, os custos do sistema de transporte cresceram de forma significativa nos últimos cinco anos, superando amplamente o reajuste aplicado às tarifas no mesmo período. Enquanto os salários dos funcionários tiveram aumento de 38,94%, o salário mínimo subiu 45,11% e o IPCA acumulou 32,70%, a tarifa do transporte urbano foi reajustada apenas 9,72%, permanecendo congelada em três dos últimos cinco anos.
Os principais insumos também registraram elevações expressivas, como o diesel (32,11%), os salários (38,94%), os veículos (107,23%) e os pneus (19,36%). Segundo os estudos técnicos apresentados à Prefeitura, a chamada tarifa técnica — necessária para cobrir integralmente os custos do sistema — seria de R$ 7,41.
Diante desse cenário e com o objetivo de evitar a evasão de usuários, o Município optou por um reajuste considerado moderado. A tarifa antecipada passa de R$ 4,70 para R$ 4,90, um aumento de 4,25%. Já a tarifa embarcada, paga em dinheiro, sobe de R$ 5,00 para R$ 5,25, o que representa 5% de reajuste. O aumento médio ponderado é de 4,43%, praticamente alinhado à inflação acumulada de 4,46% nos últimos 12 meses.
Segundo o diretor administrativo da Transul, Humberto Arantes, o reajuste autorizado pela prefeita apenas ameniza a defasagem tarifária e contribui para manter Lages entre as cidades com uma das tarifas mais baixas de Santa Catarina.
“A adoção de um índice reduzido busca minimizar o impacto para os usuários e também para as empresas que concedem vale-transporte a seus colaboradores”, destacou.