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Casal é preso acusado de agredir bebê de três meses

A Polícia Civil de Caçador, por meio da DPCAMI, realizou a prisão em flagrante de um casal cuidador, suspeito de ter praticado agressões físicas contra um bebê de três meses de idade.

A prisão ocorreu no final da tarde desta segunda-feira, 18, logo após a criança dar entrada na emergência hospitalar com várias lesões corporais e parada cardiorrespiratória.

Devido ao estado de saúde do bebê, foi necessária a  intubação e a remoção para uma Unidade de Terapia Intensiva em Florianópolis. Segundo informações de populares, o bebê teria sofrido mais duas paradas cardíacas, chegando sem sinais vitais na capital do estado. Com o esforço da equipe médica, foi possível reanimar a criança, que segue em estado grave. 

O laudo pericial elaborado pelo médico legista apontou a existência de lesões cerebrais e corporais, compatíveis com a prática de “shaken baby”, ou seja, a síndrome do bebê sacudido, que ocorre quando um adulto chacoalha agressivamente uma criança ou bebê causando graves danos cerebrais, que podem ser permanentes e até mesmo causar a morte. Outras lesões na região da face e da cabeça, bem como nas costas e nádegas também foram apontadas no laudo pericial. De acordo com o casal, o bebê teria se afogado ao tomar mamadeira. 

A mulher e o homem, de 19 e 21 anos respectivamente, eram responsáveis pelos cuidados do bebê enquanto a mãe trabalhava. Eles recebiam um valor mensal para cuidar da criança e não mantinham nenhuma relação de parentesco com a vítima.

A investigação da Polícia Civil apurou que o casal cuidava de outras crianças ao mesmo tempo.

O casal foi indiciado pela prática do crime de lesão corporal de natureza grave, com a incidência de dispositivos da lei Henry Borel (Lei nº 14.344/2022), aprovada no último dia 24 de maio, criando mecanismos para a prevenção e o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente.

O casal foi encaminhado ao Presídio Regional de Caçador e segue à disposição da justiça. O Delegado de Polícia (Fabiano Locatelli) que presidiu a investigação representou à Justiça a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva dos agressores.

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