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Projeto Lixo Orgânico Zero é referência em pesquisa nacional sobre compostagem e reciclagem de resíduos orgânicos

A pesquisa intitulada “Caminhos para a Reciclagem de Resíduos Orgânicos no Brasil”, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, irá mapear ao todo 15 projetos de reciclagem de resíduos orgânicos compostáveis no país

A Prefeitura de Lages, através da Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente, é referência em pesquisa nacional desenvolvida com projetos de compostagem e reciclagem de resíduos orgânicos urbanos. Um dos projetos selecionados para ser objeto de estudo é o Lixo Orgânico Zero, realizado em parceria com o Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV/Udesc), com a coordenação da diretora de Meio Ambiente, Silvia Oliveira, e do professor universitário Germano Güttler.

A pesquisa é conduzida pelo Instituto Pólis, por meio da Plataforma Brasil Composta Cultiva, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima – MMA, com projetos de compostagem e reciclagem já financiados pelo MMA e outros projetos de referência. O objetivo é sistematizar as experiências já existentes e criar um banco de projetos para as cidades brasileiras.

O projeto Lixo Orgânico Zero está presente neste trabalho por este ser uma das referências e também ter sido financiado pelo Fundo Socioambiental/Caixa e Fundo Nacional do Meio Ambiente do Ministério do Meio Ambiente no período de 2018 a 2022.

A pesquisa intitulada “Caminhos para a Reciclagem de Resíduos Orgânicos no Brasil” irá mapear ao todo 15 projetos de reciclagem de resíduos orgânicos compostáveis no Brasil. O objetivo é reunir informações relevantes sobre a gestão de resíduos orgânicos dos diferentes municípios ou consórcios selecionados, a fim de criar uma ficha técnica.

Essas fichas serão integradas a um Banco de Projetos, e fornecerão dados como custos de gestão, massa de resíduos manejada, área utilizada, equipamentos, formatos de contratação, fontes de financiamento, governança, desafios enfrentados e ainda existentes, soluções encontradas, entre outros. Futuramente, o Banco de Projetos estará disponível na plataforma online do Brasil Composta Cultiva, que está em processo de desenvolvimento.

Essas informações serão cruciais para inspirar e orientar outros municípios interessados em replicar e/ou adaptar tais projetos, além de subsidiar a construção da Estratégia Nacional de Resíduos Orgânicos Urbanos: Prevenção do Desperdício de Alimentos, Compostagem e Reciclagem e outras políticas públicas para promover a reciclagem de resíduos orgânicos urbanos no Brasil.

Como o projeto iniciou e ganhou grandes proporções no município

A semente da compostagem foi lançada no município através do Método Lages de Compostagem. Neste período contou com a adesão de 111 instituições que receberam orientações e motivação através de centenas de palestras, oficinas e acompanhamento de bolsistas do Cav/Udesc de forma a repensar a destinação adequada dos resíduos orgânicos domésticos produzidos em seus espaços, implantando a compostagem e devolvendo para a terra o que veio da terra, promovendo a circularidade e sustentabilidade ambiental e desviando estes resíduos do aterro sanitário.

“O Método Lages de Compostagem é uma dinâmica fácil, porém exige a boa vontade das pessoas para fazer melhor a destinação dos resíduos que produz. Desafia as pessoas a serem visionárias e participativas na busca da solução do problema do lixo”, diz a coordenadora Silvia Oliveira, que hoje junto com a municipalidade continua os trabalhos atendendo as instituições em suas necessidades para a continuidade do processo e ampliando novas possibilidades.

Uma reunião com envolvidos para tirar dúvidas e explicar o formulário que conduzirá a organização e construção da Estratégia Nacional de Resíduos Orgânicos Urbanos: Prevenção do Desperdício de Alimentos, Compostagem e Reciclagem e outras políticas públicas para promover a reciclagem de resíduos orgânicos urbanos no Brasil.

Texto: Aline Tives

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