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Água inunda UTI em Canoas e 9 pacientes morrem

Nove pacientes que estavam internados na UTI do Hospital de Pronto Socorro de Canoas, no Rio Grande do Sul, morreram depois de o local ser inundado nesse sábado (4) em decorrência das fortes chuvas que atingem o Estado. A informação foi confirmada pelo prefeito da cidade, Jairo Jorge (PSD-RS), ao ministro da Secom, Paulo Pimenta.

“Á agua entrou, teve um colapso na UTI, problema de energia, tentamos manter os pacientes e não conseguimos. Morreram 9”, disse o prefeito em ligação ao ministro.

Em publicação no X, a prefeitura do município informou que o hospital foi evacuado. Também orientou que, em caso de emergências, a população deve se dirigir ao Hospital Nossa Senhora das Graças, também localizado na região.

O município de Canoas é a 3ª cidade mais populosa do Rio Grande do Sul, com 357,7 mil pessoas. Está atrás somente de Porto Alegre (1.332.845) e Caxias do Sul (463.338), segundo dados do censo do IBGE de 2022.

Os ministros Paulo Pimenta e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) desembarcaram no fim da manhã desse sábado na base aérea de Canoas. O objetivo é monitorar e dar continuidade às ações de apoio do governo federal aos municípios atingidos pelas fortes chuvas no Estado.

Evacuação

“Este é o episódio mais trágico da história de Canoas. Uma situação além da nossa capacidade [de resposta]”. Assim o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, descreveu a situação da cidade.

Com mais de 50 mil pessoas vivendo em áreas de risco, a prefeitura orientou a população de todo o lado oeste da cidade a deixar suas casas e buscar abrigo em locais mais altos e seguros do município.

A recomendação afeta moradores dos bairros Niterói, Mathias Velho, Fátima, Harmonia, Central Park, Cinco Colônias, São Luís, Rio Branco, Vila Cerne, Santo Operário e Mato Grande. Locais onde o grande volume d´água vindo da região da Serra Gaúcha e do centro do Estado, pelos rios dos Sinos e Jacuí, que deságuam no Guaíba, na altura da região metropolitana de Porto Alegre, causam alagamentos e muitos prejuízos.

“A água acabou avançando muito rápido e, por isso, determinamos a evacuação de todo o lado oeste da cidade”, explicou Jairo Jorge durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais da prefeitura.

Segundo Jorge, a prefeitura está providenciando a quantidade de ônibus necessários para quem precisar de transporte.

Por quase toda a cidade, há moradores à espera de socorro ou ajuda. Aeronaves do governo estadual e das Forças Armadas sobrevoam a cidade, içando pessoas e animais de estimação de telhados de edificações ilhadas pelas águas. De acordo com Jorge, até o fim da manhã desse sábado, já havia mais de 3 mil pessoas acolhidas em abrigos públicos e a prefeitura estuda abrir ao menos mais 11 abrigos provisórios.

O governo federal já disponibilizou embarcações para os resgates, caminhões, retroescavadeiras para desobstrução das vias. Antenas serão enviadas para o restabelecimento da comunicação e internet. O Ministério da Justiça autorizou a ida de 100 agentes da Força Nacional para apoiar as operações no Estado.

Até as 21h desse sábado, o número de mortos por conta das chuvas no Rio Grande do Sul era de 55, segundo informações divulgadas pela Defesa Civil do Estado. Outras 74 pessoas seguem desaparecidas.

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) alterou para alerta amarelo (perigo potencial) para este domingo (5) em todo o território do Rio Grande do Sul.

Fonte:O Sul

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