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Bebê de dois anos é resgatada por militares do exército em telhado de casa, no RS

O segundo sargento do Exército Brasileiro, Andrwis Victor Nunes, deixou em Taubaté (SP) a filha de dois anos de idade para participar das missões de resgate no Vale do Taquari. Na tarde desta sexta-feira (3), participou do resgate de uma bebê com a mesma idade da filha, abrigada com a família em um telhado em Bom Retiro do Sul.
A imagem captada pela câmera do terceiro sargento Lucas Ferreira Leite mostra a menina sendo agarrada por Andriws, que estava dentro da aeronave. Do telhado, Leite erguia a criança. – Foi muito emocionante. A gente viu a família, acenou com o sinal que tinha um bebê. A gente falou: “vamos lá que tem um bebê”. Enfrentamos uma situação complicada, porque a aeronave não conseguia chegar até eles e o telhado era muito, muito liso. Desci no telhado, fui até eles e tive que quebrar algumas telhas para trazê-los mais próximo. Queria trazer segurança para aquele bebê. Estava bem perigoso, era forro de PVC. Andei pelas ripas, trazia o bebê aos poucos. A mãe vinha e eu devolvi o bebê, aí fui passando aos poucos, até chegar para o próximo da aeronave, quando chegou o próximo da aeronave, segurando aqui aquele bebê como uma joia rara, né? – descreveu o militar.

Do telhado, a bebê passou para o colo de Andriws, que estava na porta do helicóptero. Primeira a ser resgatada, a criança acabou parando no colo do coronel Leandro Assumpção, copiloto da aeronave. O local era de difícil acesso e ainda havia o temor de que o vento do helicóptero pudesse derrubar a família ou arremessar telhas.

– A localização que essa família se encontrava é uma localização ruim, se é que a gente pode falar que tem alguma coisa tranquila, porque realmente é um cenário de devastação, é um cenário de destruição, e a gente já espera essa condição bem degradada. Existiam árvores, fios de baixa tensão, algumas antenas – descreveu o coronel, que segurou a criança no colo enquanto o capitão Marlon de Souza Muniz pilotava o helicóptero para garantir a remoção do restante da família.

Com a bebê e segurança, a tripulação resgatou a mãe. No entanto, ao tentar resgatar a avó, o trabalho complicou.

– Ela teve uma dificuldade muito grande de chegar próximo da aeronave. A gente teve que fazer um trabalho muito mental com ela, porque eles não queriam sair da casa – disse Lucas, que convenceu a avó a caminhar sobre o telhado até chegar ao helicóptero.

Outras duas pessoas ainda foram resgatadas dessa casa. Ao serem questionados sobre o nome do bebê e família, os militares responderam.

– Não dá nem tempo de saber o nome. A gente larga em local seguro e já volta para socorrer.

Fonte: GaúchaZH

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