Na região, a colheita e venda do pinhão é complemento de renda de cerca de 5 mil famílias
A estimativa de safra de pinhão para este ano é de 5.734 toneladas, quantidade 30% maior do que a safra anterior colhida em 2023, que foi de 4.411 toneladas. Estes números fazem parte do levantamento da Epagri-regional de Lages, realizado junto aos produtores rurais dos 18 municípios da Amures.
Com uma produção estimada de 195 toneladas da fruta-semente, na atual safra, Lages está em sétimo lugar nessa lista regional dos 18 municípios da Amures. No topo da lista aparece o vizinho município de Painel, com estimativa de produzir 2.366 toneladas em 2024.
O engenheiro agrônomo, gerente regional da Epagri, em Lages, José Márcio Lehmann, disse que a Epagri e a Embrapa desenvolvem estudos para que se possa explicar as variações de produção e produtividade do pinhão a cada nova safra. “Por exemplo, só como parâmetro de entendimento em relação às últimas três safras (2022-2023 e 2024) a primeira delas foi a de maior produção (7.979 toneladas), o equivalente a cerca de 160 mil sacas de 50kg (8 milhões de quilos de pinhão),” explicou.
Espera-se que o valor médio de R$ 6 o quilo recebido pelo produtor rural compense a atual safra, que não é de grande produção. “O pinhão é muito importante para a composição da renda de cerca de 5 mil famílias da região da Amures”, falou o gerente da Epagri.
Preço é valorizado pelo produtor
No município de Painel, o maior produtor de pinhão de Santa Catarina, o preço cobrado pelos produtores varia de R$ 8 a R$ 6. Porém, a estimativa geral feita pela Epagri, de aumento de 30% da produção neste ano, se comparado a safra de 2023, não fecha com o cálculo feito pelo produtor rural Ibelmar Oliveira Neto, da região de Mortandade (Painel). “Nesta safra de 2024 a colheita em minha propriedade será 30% menor do que a de 2023”, disse ele.
José Márcio Lehmann calcula que neste ano o preço ao consumidor final deverá ficar em torno de R$ 10 a R$ 12 o quilo do pinhão, na região de Lages.
