A moradora Nilcéia Patel afirma que a Secretaria Municipal de Saúde de Lages está se negando a fornecer os materiais necessários para o atendimento de sua mãe, Maria Patel, de 77 anos. A idosa é doente, está acamada há dois anos e vive em estado vegetativo. Os materiais foram prescritos por uma médica do posto de saúde.
“Faz 2 anos que venho pegando todos os materiais os quais são necessários para o cuidado da minha mãe. E de dezembro para cá, esses materiais estão sendo me negado. Faz 3 meses que tenho pego apenas a metade dos materiais os quais eu preciso. Já fui umas 5 vezes na Secretaria de Saúde, conversei, expliquei a necessidade de receber a quantidade total a qual foi prescrita pela médica da Unidade Básica de Saúde Coral”, afirma Nilcéia.
Ela conta que, apesar de todo esse esforço, a Secretaria de Saúde tem se negado a fornecer os materiais necessários. “Eles alegam que é impossível uma pessoa utilizar tantas sondas de aspirar”, afirma Nilcéia. A mãe dela possui traqueostomia e precisa ser aspirada constantemente. Atualmente, a idosa usa por mês de 240 a 260 sondas de aspiração traqueal. O mesmo acontece com gases esterilizadas, as quais a Secretaria não quer fornecer a quantidade utilizada, entre outros materiais que não estão sendo fornecidos.
“Minha mãe faz fisioterapia e cada sessão é utilizado mais ou menos 6 sondas de aspirar, assim como as gases têm que ser trocadas a cada aspiração. No decorrer do dia, eu aspiro umas 15 vezes ou mais, dependendo de como está o tempo, que influencia muito na secreção”, acrescenta.
Nilcéia diz que a Secretaria de Saúde pediu para o Sad (Serviço de Atenção Domiciliar) vir até a casa dela para analisar a situação. “A equipe me falou que está tudo certo, que a quantidade de material está correta, conforme a médica da UBS prescreveu. Mesmo assim, foi negado que eu receba a quantidade a qual eu preciso para o cuidado e higiene da minha mãe”, lamenta. “Eu preciso ficar me humilhando, isso é uma falta de respeito com uma paciente literalmente acamada”, desabafa.
O Notícia no Ato aguarda um posicionamento da Secretaria de Saúde de Lages a respeito da situação.