O Projeto de Lei Nº 0121/2022, de autoria da Prefeitura de Lages, que propõe a concessão de novo subsídio para o transporte coletivo público da cidade, está tramitando na Câmara de Vereadores. A proposta prevê repasse mensal à Transul de até R$ 380 mil por mês, totalizando mais de R$ 4,5 milhões por ano.
A proposta é polêmica, já que a população é contra a medida que onera ainda mais o bolso do contribuinte, que pagará duas vezes, no subsídio e no preço da passagem. Só no ano passado, o município aportou mais de R$ 5 milhões à Transul para cobrir prejuízos da empresa durante a pandemia.
Vereadores de oposição ouvidos pela reportagem disseram que irão trabalhar para rejeitar o projeto. Do ponto de vista do usuário, nota-se que muitas pessoas são contra o subsídio, uma vez que não há nenhuma garantia que tal benefício vai resultar em melhoria do serviço para a população.
Observa-se que, há tempos, o transporte público de Lages vem sendo questionado e se tornado motivo de reclamação da população. A insatisfação é geral e abarca vários aspectos, como a redução do número de linhas, falta de horários, entre outros.
Nota-se que Lages anda na contramão de outros municípios catarinense quando o assunto é transporte público. Em Florianópolis, por exemplo, foi anunciado que o município terá ônibus de graça nos fins de semana nos meses de dezembro de 2022 a janeiro de 2023.
Com base nisso tudo, o que os lagenos querem é entender o porquê dar subsídio para o transporte coletivo sem antes ter feito uma ampla discussão com a população. Afinal de contas, o que está em jogo são importantes cifras de dinheiro público que sairão mensalmente dos cofres públicos para beneficiar uma empresa do setor privado.
