A Associação Catarinense de Medicina está lançando um alerta as autoridades e a população sobre o aumento dos casos de doenças respiratórias graves, a queda da temperatura no Estado e as perspectivas sombrias de agravamento da situação dos pacientes aguardando para cirurgias.
O sistema de controla de demandas da Secretaria Estadual da Saúde revela que 104.150 pacientes estão aguardando nas filas de cirurgias eletivas representadas, muitas delas desde 2017, portanto, há mais de quatro anos.
A ACM constata que “os hospitais já estão com sérios problemas de leitos para atendimento da demanda atual, que tendem a crescer com a intensificação do inverno”.
O presidente da Associação, Ademar José de Oliveira Paes Junior, admite que a fila de cirurgias é uma crise antiga no Estado e até reconhece o empenho da Secretaria na busca de alternativas de atendimento dos catarinense nas filas represadas. Mas salienta a necessidade de multiplicação dos cuidados com a elevação dos casos de doenças respiratórias graves. O problema agudiza no enfrentamento da Covid-19, que vem indicando um novo aumento de casos, apesar de maior estabilidade resultante da proteção vacinal e controle dos infectados.
Dados da Coordenação Estadual de Sistemas Operacionais de Regulação revelam que dos 104.150 pacientes na fila, 29.278 residem na Grande Florianópolis, 20.193 no nordeste e planalto norte, 13.842 no vale do Itajaí, 12.578 no grande oeste, 8.926 no sul, 7.761 na foz do rio Itajaí, 7.355 no meio oeste e 4.217 na serra.
A Secretaria da Saúde informou que realizou força-tarefa em 2021 e que no primeiro trimestre de 2022 foram 277 cirurgias por dia.