Notícia no Ato

Mesmo com vacinação já iniciada, Lages mantém operações especiais da Força de Segurança com a Defesa Civil

A vacina já está blindando parte da população, mas ainda não se pode diminuir ou extinguir aquelas precauções que todo mundo já conhece

A notícia mais esperada dos últimos dez meses tomou conta de Lages na semana passada, pois na terça-feira (19 de janeiro) começaram as primeiras imunizações contra o novo coronavírus (gerador da doença Covid-19) em Lages. Na primeira remessa, a Secretaria de Estado da Saúde/Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) destinou para Lages 1.910 doses da CoronaVac (produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac), com a finalidade de proteção ao grupo prioritário pertinente a primeira fase de imunizações (idosos de instituições de longa permanência e profissionais da área da saúde na linha de frente ao enfrentamento ao vírus), aplicadas pela Secretaria Municipal da Saúde, depois de recebidas pela Gerência Regional da Saúde.

E praticamente uma semana após, na segunda-feira (25 de janeiro), uma nova carga de vacinas, desta vez fabricada pela Universidade de Oxford e pela biofarmacêutica AstraZeneca, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi desembarcada em Lages, município que ficou com parte de um total de 2.260 doses encaminhadas à Serra Catarinense, portanto, 1.490 que, somadas as anteriores, chega-se ao total de 3.400 doses por enquanto. Nesta primeira fase estão contemplados profissionais da saúde atuantes na linha de frente e correlatas no combate à Covid-19 e os idosos que residem em casas asilares (instituições de longa permanência).

Na quinta e sexta-feira (28 e 29 de janeiro), a oferta da imunização foi estendida aos trabalhadores das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) atrelados ao trabalho com a Covid-19, e posteriormente, quando Lages receber remessas expressivas, a vacinação será oportunizada mediante o sistema drive-thru que funcionará no entorno do Ginásio Municipal de Esportes Jones Minosso. A ampliação da cobertura vacinal dos grupos prioritários em Lages acontecerá de forma gradativa, já que as próximas etapas de imunização dependerão da disponibilidade das vacinas por parte dos governos Federal e estadual. Quatro fases de vacinação estão programadas, de acordo com previsão do Ministério da Saúde (MS) – 1ª fase (trabalhadores da saúde, população idosa a partir de 75 anos de idade e pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência); 2ª fase (pessoas com 60 a 74 anos de idade); 3ª fase (pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença, como portadores de doenças renais crônicas e cardiovasculares), e 4ª fase – professores, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional.

Apesar deste alívio do começo da vacinação da população, a Força de Segurança do Gabinete Emergencial de Prevenção e Acompanhamento ao Coronavírus está a postos todos os dias úteis da semana, com intensificação do serviço aos finais de semana para orientar e intervir nos casos de descumprimento aos tópicos detalhados em decretos e portarias estaduais e decretos municipais (decreto nº: 1.027, do Governo do Estado e os números 17.970 e 18.146 do Município), em que são expostas as medidas sanitárias de coibição a novas transmissões.

O Planalto Sul Catarinense foi reclassificado para o nível grave (cor laranja) nesta quarta-feira (27 de janeiro) no mapa da matriz de classificação do potencial de risco regional, avaliado pela Secretaria de Estado da Saúde/Governo do Estado, divulgado também pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes). Pela nova classificação, oito regiões do Estado encontram-se em nível gravíssimo (cor vermelha), sete regiões em nível grave (cor laranja) e uma região com nível alto (cor amarela).

Com a classificação na cor laranja, há algumas flexibilizações, exemplificando, está liberada a prática de atividades esportivas em caráter recreativo em ambientes abertos e fechados, e a ocupação de determinados locais, em municípios categorizados em nível grave, é de 50% do total da capacidade, como restaurantes, igrejas, templos, cinemas e teatros. “As pessoas precisam continuar exercitando as atitudes cotidianas para evitar contaminação de si próprias e, por consequência, de outras pessoas da família e colegas de trabalho, entre outras em outros locais, como supermercados e farmácias. O uso da máscara continua obrigatório e é fundamental que as pessoas continuem a higienização das mãos frequentemente com álcool gel ou água e sabão e evitem estar em lugares de aglomerações”, avisa o prefeito Antonio Ceron.

Dinâmica do mapa de risco

O mapa de classificação do potencial de risco, tornado público semanalmente, divide as regiões de Santa Catarina nos níveis de risco, gravíssimo, grave, alto e moderado. As cores e classificações são calculadas a partir da combinação de quatro dimensões de risco: Monitoramento (percentual de positividade de exames RT-PCR do Laboratório Central de Saúde Pública – Lacen), transmissibilidade do vírus (variação do número de confirmação positiva e casos infectantes), capacidade de atenção (ocupação de leitos vagos de UTI – reservado Covid-19) e evento sentinela (ocorrência de óbitos por Covid-19 e RT – comportamento da pandemia).

O RT-PCR é um exame que identifica o vírus e confirma a Covid-19. Para isto, o teste busca detectar o RNA do vírus através da amplificação do ácido nucleico pela reação em cadeia da polimerase. As amostras são coletadas através de swabs (cotonetes) de nasofaringe (nariz) e orofaringe (garganta).

Lages, no boletim epidemiológico atualizado diariamente, apresenta as seguintes características no final da tarde desta sexta-feira (29 de janeiro): 12.264 casos confirmados, 11.877 casos recuperados, 165 pessoas em isolamento domiciliar, 1.523 pessoas vacinadas, 17 pacientes internados com confirmação para Covid-19, moradores de Lages, 06 internações de pessoas com suspeita, de Lages, e 19 pessoas internadas de outras cidades. O município acumula 205 óbitos, e a Serra Catarinense 100. A ocupação de leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid-19 está em 38% e em 39% na enfermaria Covid-19.

A blindagem contra o novo coronavírus

E esta sexta-feira (29 de janeiro) foi mais uma data de inspeções e fiscalizações da Defesa Civil em estabelecimentos comerciais, como bares, restaurantes, lanchonetes, atacadistas, supermercados, mercados, parques e praças públicas e igrejas, com verificação do uso de máscara de proteção facial e de álcool gel e distanciamento social de pelo menos 1,5 metros entre as pessoas para evitar aglomerações de público.

De modo escalonado, por plantão e fiscalização in loco, agentes da Defesa Civil percorrem ruas e avenidas da área central e nos bairros em distintas partes de Lages com as viaturas às sextas-feiras, sábados e domingos, geralmente no período entre 18h30min e 23h. Nos demais dias da semana, denominados dias úteis, a Defesa Civil atende a denúncias com logo posterior sondagem.

Ressalte-se que com as chuvas contínuas sobre Lages há pelo menos duas semanas, a Defesa Civil tem atendido prontamente a população ao longo dos sinistros de alagamentos, deslizamentos de encostas e supressão de árvores com risco iminente de queda devido ao solo encharcado. No entanto, se nos dias e horários de fiscalização da Força de Segurança houver ocorrência por motivos meteorológicos, a equipe da Defesa Civil atenderá estas urgências e a operação de rondas, orientações, constatação de irregularidades e aplicação de medidas ficará sob encargo da Polícia Militar (PM).

Comemorações podem contar com somente oito pessoas na residência

Paralelamente a estes serviços, a Defesa Civil transita pela cidade em busca de avaliar a conduta das famílias nas residências perante as reuniões em casa, uma das apreensões diante das festas “clandestinas”. E em pontos turísticos onde, normalmente, se recebe grande contingente de visitantes e turistas para passeios, como o Salto Caveiras. Estão permitidos encontros de no máximo oito pessoas nas moradias. “A vigilância não pode parar e todas as atenções estão inclinadas a cuidar da população”, relembra o secretário executivo interino da Defesa Civil, Luiz Henrique de Souza.

O trabalho da Força de Segurança não parou no final de 2020, não houve recesso. Originalmente, a Força de Segurança é formada por órgãos estaduais e municipais de segurança, proteção, ordem e sanitarismo (Defesa Civil, Diretoria de Trânsito – Diretran, Vigilância Sanitária, Polícia Militar – PM, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros).

Desde o mês de novembro a Defesa Civil Municipal está à frente desta mobilização, porém, vale explicar que ao sinal de irregularidades, um ou mais dos demais órgãos integrantes da Força de Segurança é/são acionados, de acordo com a competência do assunto da infração.  A intenção durante estas rondas é fazer a parada de viaturas e os agentes de Defesa Civil verificarem a situação da utilização dos locais, orientando clientes, funcionários e proprietários.

Mais de cinco mil supervisões em dez meses

Em meados de março, ponto crucial do início da pandemia, até janeiro de 2021, a Força de Segurança atuou em mais de 40 finais de semana, totalizando mais de cinco mil visitas e, em parte destas, foram geradas notificações, aplicações de multa ou interdições em decorrência de fatores, como descumprimento das regras da pandemia e alvarás de localização e funcionamento vencidos.

O número de plantão 24 horas para recebimento de queixas é (49) 98406-4037 e através do número 199 é possível efetuar denúncias de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. A Força de Segurança segue seu trabalho e está à disposição para sanar dúvidas pelos números da Defesa Civil: 3019-7477-3019-7479.

Texto: Daniele Mendes de Melo/Fotos: Defesa Civil/Divulgação

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