A postura dos vereadores de Lages, ao aprovarem a incorporação de vale-alimentação no valor de R$ 957,00 em seus próprios salários, é um tapa na cara da população lageana. O benefício foi aprovado por 9 votos a favor e 6 contra. Assinado pelos vereador Aldori Freitas, o Freitinhas (MDB), Heron Souza, Roberto Roque (Robertinho) e José Osni (Tio Zé), o projeto 179/24 resultará numa despesa de mais R$ 15 mil por mês, o que corresponde um gasto anual de quase R$ 200 mil.
O fato está agitando os bastidores e repercutindo muito na cidade. Esse benefício asqueroso aprovado pela Câmara de Vereadores não é só imoral, mas também ilegal. Ora, o vale alimentação é fornecido apenas para trabalhadores com carga horária de 6 a 8 horas, e o expediente do vereador é de apenas duas horas, duas vezes por semana. Ou seja, esse absurdo, que deverá ser derrubado pelo Judiciário, merece todo o repúdio da população.
Num município em que os problemas sociais se avolumam, como é o caso de Lages, onde há postos de saúde com imensas filas diariamente, não se pode admitir que uma proposta escabrosa dessas prospere. Ao instituir o benefício, os vereadores demonstram que sua principal preocupação é, em grande parte, com seus vencimentos no no fim do mês, e o resto que se dane. Isso só ajuda a aumentar o descrédito da classe política. Os lageanos devem reagir duramente e exigir para que esse disparate seja derrubado.
Votaram a favor do vale-alimentação
Álvaro João Mondadori Junior
Gabriel Córdova de Jesus
Eder dos Santos de Oliveira
Heron Costa Anderson de Souza
Jean Felipe Silva de Souza
Jean Pierre Ezequiel
José Osni Oliveira
Ozair Coelho de Souza
Roberto Mario Roque
Votaram contra o vale-alimentação
Agnelo Sandini Miranda
Elaine Cristina Reinaldo de Moraes
Gerson Omar dos Santos
Jair da Costa Teixeira Junior
Leandro Branco Lemos do Nascimento
Suzana Pereira Morais Duarte
Observação: O presidente da Casa, vereador Aldori Freitas, não vota, mas foi ele um dos articuladores do projeto.