A Epagri amplia a atuação junto aos catarinenses, além da pesquisa agropecuária, da extensão rural e do ensino agrotécnico. Mais do que uma produção pujante e uma natureza saudável, a instituição busca uma sociedade desenvolvida. E é investindo lá na ponta da linha, dentro das casas das famílias, que este trabalho começa.
Um destes programas é o ‘Mulheres em Ação: Flor-E-Ser’, que desde 2019 já capacitou mais de 600 mulheres com habilidades essenciais, como produção, gestão e liderança. Os cursos ocorrem em todo o Estado, e mais uma turma está prestes a se formar.
Nesta quinta-feira, dia 4 de setembro, no Centro de Treinamento de São Joaquim (Cetrejo), 27 cidadãs concluirão mais uma edição do projeto na Serra Catarinense. Elas passaram os últimos cinco meses se encontrando em uma programação que contemplou atividades teóricas, práticas e de confraternização.
As reuniões tinham, obviamente, conteúdos técnicos. Afinal, todas são de famílias produtoras rurais. Mas além disso, a Epagri deu destaque a ações para enaltecer a cidadania, o empoderamento e o protagonismo, como seguridade social, autocuidado e saúde da mulher. Viagens também foram realizadas para visitação a agroindústrias, empreendimentos com produção de pães, doces e cafés e projetos ligados ao turismo.
Último encontro antes da formatura tem aprendizado e emoção
Nesta terça-feira, dia 2, as 27 mulheres tiveram o último encontro antes da formatura. Vindas de 12 diferentes municípios da Serra Catarinense, elas se reuniram na Estação Experimental da Epagri em São Joaquim, onde fizeram uma visita guiada pelas pesquisas na área da fruticultura.
“Para mim, a Epagri está sendo muito parceira, pois recebo assistência lá no meu município e estou conseguindo colocar meu projeto em prática. Além disso, meu filho é aluno do Colégio Agrícola (Cedup Caetano Costa), que agora é administrado também pela Epagri, e ele está chegando em casa sempre com boas ideias. A Epagri está caminhando junto conosco, e isso é uma parceria de verdade”, comemora Elaine Aparecida de Lima, produtora de frutas em São José do Cerrito.
“A gente vai conhecendo e entendo as dificuldades pelas quais elas passam. Então, nestes cinco meses de curso, acabamos entrando um pouco na vida pessoal delas. Isso me emociona bastante. Todas estão aqui porque estamos no caminho certo, procurando fazer a nossa parte para que elas possam se desenvolver também como pessoas e manter a família unida lá na propriedade rural”, conclui a pedagoga Cristiane Aparecida Lopes Couto, extensionista social da Gerência Regional da Epagri em São Joaquim e que está na coordenação da sua primeira turma, a quarta formada em São Joaquim.
Texto e fotos: Pablo Gomes, jornalista da Epagri