Com o calor, Corpo de Bombeiros Militar de SC alerta para aumento de acidentes com animais peçonhentos
Com o aumento das temperaturas, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) alerta para o aumento no número de ocorrências envolvendo animais peçonhentos, como cobras, aranhas, escorpiões e lacraias. Durante esse período, esses animais saem com mais frequência de seus esconderijos, possibilitando uma maior chance de acidentes.
Dados da corporação apontam que, entre 1º de janeiro e 19 de fevereiro deste ano, foram registradas 203 ocorrências de busca e captura de animais peçonhentos em todo o estado. Esse número representa um aumento de 54,54% em relação aos meses de inverno de 2024 (junho a setembro), quando foram atendidas 85 ocorrências. Os atendimentos de Assistência Pré-Hospitalar (APH) devido a ataques de animais peçonhentos também subiram, passando de 11 casos no inverno para 17 nos primeiros meses de 2025.
Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros Militares de Seara, capitão Domingos, a maior parte dos acidentes ocorre em membros inferiores, principalmente nos pés e pernas. Ele dá algumas orientações em caso de incidentes como esses:
Como evitar acidentes
A maior parte dos acidentes ocorre em membros inferiores, principalmente nos pés e pernas. Por isso, o CBMSC recomenda:
Usar botas de cano alto ou botinas com perneiras ao circular por áreas de vegetação densa, como matas, campos e praias;
Evitar colocar as mãos em buracos, pilhas de folhas secas ou entulhos, pois podem servir de esconderijo para esses animais;
Manter o quintal limpo, eliminando acúmulo de lixo, entulhos e lenha, que podem atrair roedores e, consequentemente, serpentes;
Estar atento ao fazer trilhas ou trabalhar em áreas abertas com vegetação alta.
O comandante do Corpo de Bombeiros Militares de Seara, capitão Domingos, reforça a necessidade de prevenção. “Nesta época do ano, no meio do verão, recebemos muitos chamados para atendimento em todo o estado com esse tipo de animal peçonhento. As serpentes são as mais frequentes nas ocorrências, algumas vezes causando acidentes de interesse médico, com intoxicações, algumas vezes apenas com lacerações, mas é mais comum apenas o avistamento desses animais e o acionamento para que o Corpo de Bombeiros Militar faça a remoção e encaminhamento para um local seguro para todos. Neste sentido, orientamos que as pessoas se protejam e evitem criar condições para a proliferação desses animais.”
O que fazer em caso de picada
Se houver um acidente com animal peçonhento, algumas medidas podem ajudar a minimizar os riscos:
Lavar o local da picada com água e sabão;
Evitar movimentação excessiva para não espalhar o veneno pelo corpo;
Remover anéis, pulseiras ou outros itens que possam dificultar a circulação em caso de inchaço;
Não fazer torniquete, cortes ou aplicar substâncias no local da picada;
Acionar imediatamente o serviço de emergência pelos telefones 193 ou 192;
Se possível, tirar uma foto do animal para facilitar a identificação e o tratamento adequado.